Aquilo que nos liga à nossa origem
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Pertencer é uma necessidade instintiva do ser humano. Desde o início dos tempos, fazer parte de um grupo, de um clã, garantiu a sobrevivência, a segurança, a manutenção daquilo que seria importante para o desenvolvimento de todos nós enquanto espécie.
Com o passar do tempo, criamos o que se chama de consciência coletiva. Aquilo que garante que façamos parte. Sejam hábitos culturais, sociais, psicológicos. Costumes, posturas de vida, escolhas de onde viver, como se vestir, alimentação, educação e até profissão.
Fomos todos, através de gerações, fazendo escolhas que nos conectavam com nossa origem e garantiam que estávamos pertencendo através da consciência coletiva. O certo e o errado, partem dessa consciência, o moral e o imoral, o bom e ruim, o aceitável e o inaceitável.
Nos organizamos assim enquanto sociedade e daí derivam os conflitos e as guerras, internas e externas. Quando não seguimos essa consciência, corremos o risco de sermos excluídos, rejeitados, punidos. O diferente é encarado como ameaça à essa consciência que garantiu a manutenção da vida. E, então tratamos de afastá-lo, para que não corramos risco.
E nessa lógica, excluímos ideias, posicionamentos de vida, novos hábitos, novos conhecimentos e pessoas.
Nessa postura e rejeição e exclusão, impedimos que o novo chegue e que os sistemas, sejam relações, famílias, grupos, organizações e empresas se desenvolvam, evoluam.
E, numa postura ainda mais perigosa, ao excluirmos pessoas que são diferentes nesses sistemas, causamos uma desordem que traz dor, sofrimento e dificuldades para todos.
De acordo com Bert Hellinger, quem trouxe as Constelações Familiares Sistêmicas para nós, ao excluirmos alguém, o tiramos de seu lugar único, que não pode ser ocupado por mais ninguém. Cria-se aí um campo de falta, onde algum outro membro do sistema, irá tentar trazer de volta essa pessoa, repetindo seus comportamentos, seu destino e até mesmo se rebelando contra os outros membros do grupo. É uma dinâmica inconsciente.
Podemos facilmente ver em uma família em que um filho, neto ou sobrinho reproduz a história de um antepassado, assumindo uma postura que garante que ele faça parte, mesmo sem estar presente.
Esse é apenas um exemplo. Há muitas maneiras de negar o pertencimento de uma pessoa, de uma cultura, de um país. E esse, talvez seja o grande exercício que temos hoje, enquanto humanidade.
Dar lugar a tudo o que é. Garantir que todos e tudo, sem exceção, tenha seu lugar garantido, podendo deixar sua contribuição, apesar de tudo o que possa não estar conformidade com a consciência já estabelecida.
O primeiro passo para isso, é olhar para o que vem sem julgamento. Sem pré-conceitos. Sem a régua do certo ou errado.
O que vemos nas Constelações e com olhar mais apurado, é que a história que cada um vive, nunca é só dessa pessoa. Carregamos, todos, a memória de gerações e gerações.
Com aprendizados, dores, pesos, compromissos, resgates, destinos a se cumprir.
Entender isso, é perceber que cada um está trazendo algo para o grande sistema. Cada um cumprindo um papel. Dando sua contribuição.
E, até mesmo um destino nefasto, um comportamento condenável à moral, pode ter amor envolvido. Pode estar à serviço do pertencimento e da ordem do clã.
Olhe com atenção à sua volta.
O que você tem excluído? Ao que você tem negado pertencimento?
A serviço do que está esse padrão ou comportamento?
Olhe além e veja o amor que rege todas as relações. É esse amor que precisamos aprender.
O amor que inclui, apesar e acima de todas as coisas.
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